- Nathan França
Trindade (Parte 1)
Atualizado: 8 de Out de 2019

A pergunta número 9 do Catecismo Maior de Westminster é a seguinte: “Quantas pessoas há na Divindade”. A resposta é: “Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; essas três pessoas são um só Deus verdadeiro e eterno, da mesma substância, iguais em poder e glória, embora distintas pelas suas propriedades pessoais” (Mt 3.16,17; Mt 29.19; 2Co 13.13; Jo 10.30).
1) Progressividade na revelação
Crer que há três pessoas em Deus é uma das coisas fundamentais da fé cristã. Se você há leu a Bíblia, certamente você percebeu que no Novo Testamento há uma clareza maior em relação a esse assunto do que no Antigo Testamento. Isso se dá porque a revelação de Deus nas Escrituras é progressiva. Ele não revelou tudo de uma só vez, mas quis revelar o seu ser e os seus planos paulatinamente.
2) Complexidade da revelação
É possível perceber a presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo no Antigo Testamento, em diversas passagens, mas tenho que concordar que não é tão simples. Isso se torna mais claro quando lemos o Antigo Testamento com as luzes do Novo Testamento. Mas mesmo no Novo Testamento, tenho que confessar, embora a Trindade seja cognoscível (possível de ser conhecida) e crível (possível de ser crida), não é compreensível (é impossível de ser compreendida na sua totalidade).
3) Unidade e pluralidade
Embora seja muito difícil conceber pluralidade (três pessoas) em uma unidade (um único Deus), talvez o casamento possa ser a melhor ilustração dessa relação intratrinitariana. A Bíblia diz que quando se casam, marido e mulher se tornam uma só carne (Gn 2.24; Mt 19.5,6; Mc 10.8; 1Co 6.16; Ef 5.31). Ou seja, no casamento há pluralidade (homem e mulher) na unidade (uma só carne).
4) "Haveremos de vê-lo como ele é" (1Jo 3.2)
Diante do fato de que a revelação da Trindade foi mais modesta no Antigo Testamento, e mais sofisticada no Novo Testamento, podemos certamente aguardar uma revelação ainda mais clara na segunda vinda de Cristo.